sábado, 13 de dezembro de 2008

Mais Que Todos os Amores

Que os amores do passado, tu és mais bela, certamente.
Sei, por mais que eu tenha amado, mesmo inconseqüentemente,
Não me vi apaixonado como agora estou somente!
Se é no céu escancarado, em que te vejo reluzente,
Que eu me perco emocionado e choro, assim, tão de repente,
Não me importa, estou fadado a amar-te impreterivelmente.

Que os amores do presente, tu és, de fato, mais intensa,
Pois meu peito não pressente em outro alguém tua presença
Inefável, coerente, inesgotável, sem descrença.
Quero, incessantemente, ver-te ao longe, branca, imensa,
Porque, mesmo estando ausente, teu calor a dor compensa
E o meu colo tão carente te abraçar, então, dispensa.

Que os amores do futuro, tu és, de fato, mais concreta.
O meu coração impuro tocas branda, bem discreta,
Faze-me sentir maduro, caminhar em linha reta...
Lua cheia, eu te juro da maneira a mais secreta:
Meu olhar se fez escuro a procurar alguma meta;
Teu amor me fez seguro e me acendeu a luz completa.