terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Conselhos do Medo

Ficar no que é claro, concreto e visível,
Ainda que tanto sofrido tenhamos;
Saibamos, de fato: tudo é imprevisível...
Conselhos do medo que tão bem guardamos.

Cegar nossos olhos ao desconhecido,
Ainda que mui familiar o sintamos.
Vivamos no esforço de um riso fingido...
Conselhos do medo que tão bem guardamos.

Pesar as razões, confundir sentimentos.
Ainda que presos nós permaneçamos,
Possamos pensar por eternos momentos...
Conselhos do medo que tão bem guardamos.

Quais pássaros tolos, do céu temerosos,
Ainda que alçar vôo livre possamos,
Queiramos, no chão, caminhar ansiosos...
Conselhos do medo que tão bem guardamos.

Deixar de sonhar, como faz um poeta
Fugindo da crítica incerta, escolhamos;
Façamos um verso sem rima e sem meta...
Conselhos do medo que tão bem guardamos.

Ser como a mulher, em chorar insistente:
O risco de amar outra vez não corramos;
Sejamos felizes incompletamente...
Conselhos do medo que tão bem guardamos.

Um comentário:

Lou disse...

minino...
To lendo isso na madrugada de 5ª pra 6ª, de 4/12 pra 5/12... pra mim é como se ainda fosse dia 4/12. e hj, dia 4/12, um monte de coisa que tu escreveu aí acabou batendo com oq eu conversei com uma amiga por horas a fio. nem que fosse por encomenda... eu, hein?

PS: Sempre eu passando, deixando recado... tem um blog por aí órfão, visse?! heheheh

xeruuu